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Magn​í​fica M​á​quina Maldita

by Magnífica Máquina Maldita

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1.
Início 04:43
Meu caro amigo, o que é que foi? Pensei que fôssemos do mesmo lar Foi o destino que interveio Será que foram os jogos de azar? Você que me viu derrotado Você que me viu a chorar Você que me viu desarmado Logo você foi tentar me acertar Ate confesso, me surpreendi Pensei que me conhecesse melhor Nunca fui mesmo que nem você Mas posso ate ser um pouco pior Também sei jogar esse jogo Também sei morder e beijar Também sei fazer-me de tolo Também sei matar devagar É só o início, é só o início Você vai ver onde quero chegar É só o início, é só o início, Você vai ver onde quero chegar Pra você toda história e a mesma, só muda quem faz o papel do vilão Você pensa que ter argumentos é a mesma coisa que estar com a razão Então você vira suas armas E aponta os canhões para mim Mas eu não sou seu inimigo A não ser que você queira assim É só o início, é só o início Se é assim que você quer jogar É só o início, é só o início, Me diz você quando vamos parar É só o início, é só o início Você vai ver onde quero chegar É só o início, é só o início, Você vai ver onde quero chegar
2.
Albatroz 05:35
Albatroz que esta lá no céu Faça-me um favor Traga-me tudo que me couber Só não traga-me mais um amor Albatroz nao minta pra mim O que é que te faz voar? O que nesse mundo te faz viajar Pra tão longe da terra e do mar? Venha o que vier que convenha, seja o que será Tempo e espaço no seu compasso fogem do meu olhar Você que está aí tão perto dos anjos, diga-me o que será Diga-me o que será Albatroz tão longe daqui Conte-me o que vai ser Me diz se vem chuva, me diz se vem sol Será que vivo ate amanhecer Albatroz me dê um sinal Tente não demorar Me diz se te espero sentado ou de pé No asfalto, na estrada ou no lar Venha o que vier que convenha, seja o que será Tempo e espaço no seu compasso fogem do meu olhar Você que está aí tão perto dos anjos, diga-me o que será Diga-me o que será Essa solidão que jogo na canção que canto pra você não me quer deixar só ser Albatroz que esta la no céu Albatroz que esta la no céu Albatroz que esta la no céu Albatroz que esta la no céu
3.
Carranca 05:15
Velho monstro de madeira Como é que posso fugir das mágoas De tantas vidas derramadas Que ainda escorrem por essas águas? De tantas vidas derramadas que ainda escorrem por essas águas? Minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar (minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar) Minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar (minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar) Mas meus piores inimigos são os que carrego no olhar Quem vê de longe até se engana De achar que eu viajo a sós Mas sempre atras dessa carranca Levo a mim mesmo e meu algoz Mas sempre atras dessa carranca Levo a mim mesmo e meu algoz Minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar (minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar) Minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar (minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar) Mas meus piores inimigos são os que carrego no olhar Minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar (minha carranca é quem me guia por onde for que eu remar) Minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar (minha carranca mostra os dentes pra quem quiser me derrubar) Mas meus piores inimigos são os que carrego no olhar No seu espelho, São Francisco A minha imagem fez um lar Pra onde irão os meus terrores Quando seu leito enfim secar? Pra onde irão os meus terrores Quando seu leito enfim secar?
4.
Dizem que a luz das estrelas é a luz de milênios atras Apenas a fotografia antiga do céu que já não vive mais Dizem que estão me esperando lá em cima pra quando eu me for E que depois desse mundo vem um outro sem medo e sem dor Dizem que nada tem jeito, que tudo tem sempre um fim Assim como os dentes do tempo arrancam pedaços de mim Dizem que falo sozinho pois não tenho com quem conversar Dizem que problematizo pois preciso é me ocupar Olho pro rosto no espelho que me encara mais não sei quem é Pergunto-me como que pude deixar entrar esse estranho qualquer Será que seremos histórias que alguém vai guardar? Será que seremos piada de mal gosto nas mesas de bar? Nada a mais Nada além do que se vê Nada além da infinitude dentro de um grão de arroz Nada no caminho Nada tenho nada sei Só me resta a eternidade entre o antes e o depois Dizem que já é de dia apesar dessa escuridão Parece que toda a verdade reside no espaço entre o sim e o não
5.
Profecia 05:36
Anunciaram a profecia hoje a tarde quando as estátuas desataram a chorar O imperador incendiou sua cidade e os anarquistas começaram a rezar Anunciaram a profecia hoje a tarde quando as estátuas desataram a chorar O imperador incendiou sua cidade e os anarquistas começaram a rezar Os fugitivos desertaram seus asilos e os navegantes se atiraram pelo mar Os poderosos se mandaram pros abrigos e discutiram racionar o caviar Economistas recalculam a moeda e acadêmicos divergem nos jornais Os alquimistas transformaram o ouro em pedra e afundaram com as ações da Petrobras Não faltam bruxas pra queimar nessa fogueira e Dionísio atiça as chamas abissais Mas não acaba em cinzas nessa quarta-feira É diferente dos antigos carnavais O especialista explica tudo com decoro quando destrincha as mazelas sociais Só quando alaga é que essa gente sobe o morro Muito profeta pra um só Monte Sinai Os militares se preparam para a guerra mas hoje o povo não espera salvação Toda menina quando enjoa da boneca é o sinal de que vai ter revolução As moiras desistiram de tecer novelos e passaram a grudar papel machê O cineasta disse que isso dá roteiro Resta saber se vai ter publico pra ver Belzebu toca violino em plena praça Quando termina ele passa um chapéu Os mortos-vivos dão o ar da sua graça e um anjo acende seu cigarro la no céu Pensei que ainda houvesse um fio de esperança mas o otimista ja usou pra se enforcar Me resta agora só também entrar na dança ao som de um tango argentino ao luar
6.
Quando entrei pela porta da frente Todos olharam pra mim Conseguiam farejar meu medo Sabiam que eu não era dali Foi quando um senhor me puxou pelo braço e perguntou o que eu fazia da vida Confesso que fiquei sem graça Bem, não custava nada socializar E assim te chamam de comuna e populista De criminoso e anarquista, de fanático radical E acendendo um charuto alguém comenta Que você não leva jeito pra essa vida de burguês Esse cara aqui não sabe como se portar Esse cara aqui não sabe como se explicar Esse cara aqui não sabe quando se calar Esse cara aqui não sabe qual e o seu lugar Depois eu entrei pela porta dos fundos E de novo olharam pra mim Achavam que pelo meu jeito Eu devia ser de outro pedigree Foi quando um rapaz cutucou minhas costas E pediu-me emprestado um isqueiro Disse que ia ficar devendo E começamos a conversar E assim te chamam de reaça e fascista De careta e conformista de burguês e conservador E enrolando um baseado ele te condena Pra você não há espaço nessa luta contra o sistema Esse cara aqui não sabe como se portar Esse cara aqui não sabe como se explicar Esse cara aqui não sabe quando se calar Esse cara aqui não sabe qual e o seu lugar E assim te dizem que você é o pior de todos Já que vive em cima do muro, por que não pensa em si jogar? E por um segundo os inimigos juntam forças Pra despachar esse intruso que invadiu seu corredor Esse cara aqui não sabe como se portar Esse cara aqui não sabe como se explicar Esse cara aqui não sabe quando se calar Esse cara aqui devia mesmo, devia mesmo É se matar se matar se matar se matar
7.
Eu pensei que tivesse algo a dizer Não lembro exatamente o quê, só sei mesmo que era algo assim, sem início, meio ou fim   Como um objeto que deixei cair Pra debaixo do tapete, sob a tábua do assoalho, no abismo entre o querer, o pensar e o dizer   O mapa do castelo foi traçado por copistas cegos e analfabetos Vivendo no seu calabouço Não há nenhuma bússola que aponte para o mesmo norte dentro desses muros Apenas alma, pele e osso   Será que ha alguém ai? Alguém que me observa atras de cada passo incerto? No topo da escadaria Por favor, não me deixe só, se você esta ai me mande uma resposta Por um momento de euforia   Deve haver alguma coisa logo ali Um pedaço de verdade ha muito tempo esquecido Escondido em plena vista, além dos olhos e da fé O mapa do castelo foi traçado por copistas cegos e analfabetos No topo da escadaria Não há nenhuma bússola que aponte para o mesmo norte dentro desses muros Por um momento de euforia Será que ha alguém ai? Alguém que me observa atras de cada passo incerto? Vivendo no seu calabouço Por favor, não me deixe só, se você esta aí me mande uma resposta Apenas alma, pele e osso   No topo da mais alta torre Distante da terra, tao longe do céu Longe do início, distante do fim Longe do mundo, distante de mim
8.
Padre Quincas não sabia que o seu amor morrera Foi ouvir ao som dos sinos pela boca de uma freira E atirou-se do telhado arrependido da batina O pierrô da sacristia foi atras da colombina Josefina foi cantora, dançarina e faxineira Mas em sua cova rasa lê-se apenas mãe solteira Se foi amante ou namorado, já não faz mais diferença Dá as mãos a padre Quincas, não importa sua crença Chega mais, chega mais, não reclama E a morte que chama você pra sambar Pois a vida não deixa barato Pra aquele que espera o bloco passar Vem pro banquete desses corpos inermes Vossa excelencia, mestre-sala dos vermes! Vem guiar nossos espíritos tortos Ó, mãe suprema, porta-bandeira dos mortos! O magistrado Cavalcanti deixou os bens pro orfanato Pra compensar aquele acordo que condenou o cara errado Mas na ultima sentença pouco vale a indulgência Não há pena mais pesada que a sua consciência Jeremias o coveiro, como um perdido peregrino Perguntava às caveiras se acreditavam em destino Mas elas nunca respondiam, só mostravam seu sorriso Zombando da inocência da sua breve condição de vivo Chega mais, chega mais, não reclama E a morte que chama você pra sambar Pois a vida não deixa barato Pra aquele que espera o bloco passar Vem pro banquete desses corpos inermes Vossa excelencia, mestre-sala dos vermes! Vem guiar nossos espíritos tortos Ó, mãe suprema, porta-bandeira dos mortos! Inspirado pela idéia de que a morte não tem hora O sambista atormentado dedilhou sua viola Pensou que nos seus versos viveria por inteiro Mas um dia veio o bloco e carregou o cancioneiro Chega mais, chega mais, não reclama E a morte que chama você pra sambar Pois a vida não deixa barato Pra aquele que espera o bloco passar Chega mais, chega mais, não reclama E a morte que chama você pra sambar Pois a vida não deixa barato Pra aquele que espera o bloco passar
9.
Quem Bate 04:51
Quem é que bate atrás da porta? Quem é que bate atrás da porta? Quem é que bate atrás da porta? Quem é que bate atrás da porta? Me diz quem é você? O que e que você quer? Pra onde você vai? Me diz quem e você? O que e que você quer? Pra onde você vai?
10.
Plataforma 06:36
Estamos aqui de novo acho que passei da hora Sinto que não tenho nada novo a acrescentar Só repito os mesmos versos que ouvi de outras vozes Quem sabe o mais prudente Fosse mesmo eu me calar Será que sou o outro? Será que sou o mesmo? A cópia de outra cópia infiel do original? Pedaço por pedaço eu me deixo para trás Será que ainda estou aqui? Será que ainda estou aqui? Será que estou na plataforma Será que ja estou no trem? Estamos aqui de novo Acho que passei da hora Sinto que não tenho nada novo a acrescentar A não ser os mesmos versos que ouvi de outras vozes Quem sabe o mais prudente fosse mesmo eu me calar

about

Primeiro álbum da Magnífica Máquina Maldita, projeto musical criado pelo compositor carioca Eduardo Seabra.

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The first album by Magnífica Máquina Maldita, musical project created by carioca composer Eduardo Seabra.

credits

released May 20, 2022

Todas as canções por Eduardo Seabra
Produzido, mixado e masterizado por Bryan Holmes
Direção vocal por Maria Accioly
Capa por Antonia Yunes

Gravado nos home studios de Bryan Holmes e Eduardo Seabra e no Estúdio Radamés Gnattali (Instituto Villa-Lobos, Unirio)

Eduardo Seabra (voz, guitarra, violão, cavaco, piano, teclados, baixo, eletrônica)
Beto Bonfim (bateria, percussão)
Bryan Holmes (guitarra, baixo, voz, percussão, eletrônica)
Maria Accioly, Clara Lira, Roberta Keller, Antonia Yunes (vozes)
Lázaro Duarte (trompete)
Márcio Sanchez (violino)
Avelino Romero (bandoneon)

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All songs by Eduardo Seabra
Produced, mixed and mastered by Bryan Holmes
Vocal direction by Maria Accioly
Cover art by Antonia Yunes

Recorded in Bryan Holmes' and Eduardo Seabra's home studios and in Radamés Gnattali Studio (Instituto Villa-Lobos, Unirio)

Eduardo Seabra (vocals, guitars, cavaco, piano, keys, bass, electronics)
Beto Bonfim (drums, percussion)
Bryan Holmes (guitar, bass, vocals, percussion, electronics)
Maria Accioly, Clara Lira, Roberta Keller, Antonia Yunes (vocals)
Lázaro Duarte (trumpet)
Márcio Sanchez (violin)
Avelino Romero (bandoneon)

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Magnífica Máquina Maldita Rio De Janeiro, Brazil

Banda independente do Rio de Janeiro comandada pelo compositor Eduardo Seabra

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Independent band from Rio de Janeiro helmed by composer Eduardo Seabra

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